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Aug 04, 2023

BMC Public Health volume 23, número do artigo: 1635 (2023) Citar este artigo

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Detalhes das métricas

Estudos que investigaram populações vulneráveis ​​demonstraram que as lesões músculo-esqueléticas relacionadas com o trabalho têm um impacto negativo na qualidade de vida. Contudo, nenhum estudo examinou as regiões do corpo normalmente afetadas por lesões músculo-esqueléticas relacionadas com o trabalho em populações vulneráveis.

Descrever as regiões do corpo comumente afetadas por lesões musculoesqueléticas relacionadas ao trabalho em populações vulneráveis.

Estudo transversal. Utilizamos o questionário ABEP, a Qualidade de Vida da Organização Mundial da Saúde, o Questionário Nórdico de Distúrbios Osteomusculares, a Escala de Estresse Percebido e um questionário de autorrelato para determinar os ritmos circadianos humanos da manhã e da noite (avaliação do cronótipo). Para reduzir a possibilidade de viés de informação, realizamos treinamento prévio na utilização dos instrumentos e criamos um banco de dados eletrônico que foi preenchido em duas vias (em casos de discordância, um terceiro pesquisador foi consultado). Testamos a normalidade dos dados por meio do teste de Shapiro-Wilk.

A amostra foi composta por 132 participantes, mas houve perda amostral de 41,6% (amostra final n = 77). Observamos o predomínio daqueles que trabalhavam de 6 a 8 horas/dia, descanso de 1 hora durante a jornada de trabalho, de 1 a 10 anos de serviço e apenas 1 vínculo empregatício. Em relação à qualidade de vida, observamos pior resultado no domínio relacionado ao meio ambiente, bem como nível de estresse de 15,43 (± 7,52) com máximo de 30. Por fim, observamos a presença de dor autorreferida pelo pescadores artesanais em diversas regiões do corpo, sendo a lombar a mais citada.

O pescoço, ombros, braços, cotovelos, antebraços, punhos, costas, coluna lombar e membros inferiores são as partes do corpo mais comumente afetadas por distúrbios osteomusculares relacionados ao trabalho em pescadores artesanais.

Relatórios de revisão por pares

A relação entre homem e trabalho é um dualismo de contradições: felicidade na atividade profissional e frustração pelo mesmo motivo. Quando as condições de trabalho são desfavoráveis, o organismo é afetado [1, 2]. Estima-se que 2,3 milhões de trabalhadores morram todos os anos em consequência de acidentes e doenças relacionadas com o trabalho [3]. Os distúrbios musculoesqueléticos relacionados ao trabalho são uma das doenças crônicas não transmissíveis mais comuns na América Latina. Esses problemas ocorrem principalmente em países de baixa e média renda (por exemplo, Brasil), onde a falta de direito à saúde e de políticas eficazes prejudicam a qualidade de vida das populações vulneráveis ​​(por exemplo, pescadores artesanais) [4].

Os distúrbios osteomusculares relacionados ao trabalho foram identificados como doenças de notificação obrigatória no Sistema de Informação de Agravos de Notificação e são caracterizados como: uso excessivo de músculos, distúrbios osteomusculares inflamatórios e/ou degenerativos, movimentos repetitivos e posturas inadequadas (que podem levar à incapacidade temporária ou permanente) e sofrimento [5]. Os pescadores artesanais estão entre as populações mais vulneráveis ​​devido às exigências físicas do seu trabalho (captura, armazenamento, transporte, limpeza e venda de peixe) [6, 7]. Além disso, a pesca é considerada uma das ocupações mais perigosas do mundo e interage com aspectos ergonômicos, físicos, químicos e biológicos [8, 9], bem como com variáveis ​​estressoras relacionadas ao processo de comercialização (venda de pescado) [10].

Estudos que examinaram pescadores artesanais mostram que os distúrbios musculoesqueléticos relacionados ao trabalho têm um impacto negativo na qualidade de vida [10,11,12]. No entanto, nenhum estudo descreveu as regiões corporais comumente afetadas por distúrbios musculoesqueléticos relacionados ao trabalho. Sabemos que é difícil estudar a população vulnerável porque há poucos estudos neste contexto (dificultando a amostragem), a população é de difícil acesso (está longe dos centros universitários) e há uma grande perda amostral [13] .

 18 years. All fishermen from the colonies of Porto Nacional and Ipueiras, TO, Brazil, were invited to participate in the study. Exclusion criteria were: diagnosis of other diseases (e.g., cancer, fibromyalgia, myofascial pain syndrome, history of tumors, diagnosed neurological and cognitive problems) and the presence of other disorders (acute infections or traumas, fractures, surgeries, pain related to accidents and traumatic injuries of the musculoskeletal system)./p>